Aproveitando que o assunto é salário dos professores, incluo um levantamento mais abrangente feito pela revista Nova Escola deste mês. Os repórteres Arthur Guimarães e Fabiana Faria levaram três meses para reunir dados de 25 itens sobre a Educação de mais de 50 estados e municípios.
Até tentei fazer interpretações, mas me atrapalhei com um dos problemas da questão salarial dos professores: os planos de carreira variam de estado para estado, de município para município e até de rede estadual para rede municipal. Assim, como comparar o salário de um professor que trabalhar 40 horas e não possui curso superior, com um que trabalha 25 e fez mestrado, se ambos trabalhos em diferentes estados?
Por isso, é necessário ponderar os dados sobre professores que ganham menos de R$850 e estariam abaixo do piso, mas trabalham 20 horas. Pois a proposta do governo de 850 reais como piso é respectiva a jornadas de 40 horas.
A seguir, a tabela salarial de algumas localidades.
PISO SALARIAL* MUNICÍPIOS | |
Aracaju | 951,63 (40 horas) |
Belém | 989,18 (30 horas) |
Belo Horizonte | 1.158 (22,5 horas) |
Cuiabá | 900 (20 horas, com curso superior) |
Curitiba | 686 (20 horas) |
Florianópolis | 1.792,08 (40 horas, concursado) 1.354,64 (40 horas, não concursado) |
Fortaleza | 533,06 (20 horas) |
Goiânia | 646,69 (30 horas) |
Maceió | 777,71 (20 horas, com curso superior) |
Manaus | 816 (20 horas) |
Natal | 771,20 (20 horas) |
Palmas | 1.019 (20 horas) |
Recife | 785,90 (20 horas, com licenciatura) |
Rio de Janeiro | 918,53 (22 horas) |
São Luís | 814 (24 horas) |
São Paulo | 950 (20 horas) |
Teresina | 535,54 (40 horas) |
Vitória | 1.168,44 (25 horas) |
As Secretarias Municipais de Educação de Boa Vista, Campo Grande, João Pessoa, Macapá, Porto Alegre, Porto Velho, Salvador e Rio Branco não enviaram os dados sobre piso salarial solicitados pela reportagem no prazo combinado.
PISO SALARIAL* ESTADOS | |
Acre | 616 (30 horas) |
Alagoas | 1.015 (20 horas, com curso superior) |
Amazonas | 816 (20 horas) |
Bahia | 648,79 (20 horas) |
Ceará | 1.072,58 (40 horas) |
Distrito Federal | 845,27 (20 horas) |
Espírito Santo | 519,34 (25 horas) |
Mato Grosso | 1.084,97 (30 horas, com curso superior) |
M. G. do Sul | 1.629,20 (40 horas, com curso superior) |
Minas Gerais | 478,65 (24 horas, com curso superior) |
Paraíba | 613,64 (25 horas) |
Paraná | 665,23 (20 horas) |
Pernambuco | 462 (30 horas, mais 60% de gratificação pelo Magistério) |
Piauí | 915,10 (40 horas) |
Rio de Janeiro | 862 (40 horas) |
Rio Grande do Sul | 414,20 (20 horas) |
São Paulo | 1.144,39 (30 horas, com gratificação) |
Sergipe | 819,01 (40 horas, com curso superior) |
Tocantins | 2.020 (40 horas, concursados) 1.206 (40 horas, não concursados) |
As Secretarias de Educação do Amapá, de Goiás, do Maranhão, do Pará, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de Roraima e de Santa Catarina não enviaram os dados sobre piso salarial solicitados pela reportagem no prazo combinado.
Leia a íntegra da matéria Uma profissão, várias realidades.
1 comentários:
Eu gostaria de saber quais os pontos comuns e diferenciações na carreira de professor e educação básica de Sao Paulo e outros estados ou municipios brasileiros.
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