23 de abr. de 2007

Salários bem diferentes (e planos de carreira idem!)

Aproveitando que o assunto é salário dos professores, incluo um levantamento mais abrangente feito pela revista Nova Escola deste mês. Os repórteres Arthur Guimarães e Fabiana Faria levaram três meses para reunir dados de 25 itens sobre a Educação de mais de 50 estados e municípios.

Até tentei fazer interpretações, mas me atrapalhei com um dos problemas da questão salarial dos professores: os planos de carreira variam de estado para estado, de município para município e até de rede estadual para rede municipal. Assim, como comparar o salário de um professor que trabalhar 40 horas e não possui curso superior, com um que trabalha 25 e fez mestrado, se ambos trabalhos em diferentes estados?

Por isso, é necessário ponderar os dados sobre professores que ganham menos de R$850 e estariam abaixo do piso, mas trabalham 20 horas. Pois a proposta do governo de 850 reais como piso é respectiva a jornadas de 40 horas.

A seguir, a tabela salarial de algumas localidades.

PISO SALARIAL* MUNICÍPIOS
Aracaju 951,63 (40 horas)
Belém 989,18 (30 horas)
Belo Horizonte 1.158 (22,5 horas)
Cuiabá 900 (20 horas, com curso superior)
Curitiba 686 (20 horas)
Florianópolis 1.792,08 (40 horas, concursado)
1.354,64 (40 horas, não concursado)
Fortaleza 533,06 (20 horas)
Goiânia 646,69 (30 horas)
Maceió 777,71 (20 horas, com curso superior)
Manaus 816 (20 horas)
Natal 771,20 (20 horas)
Palmas 1.019 (20 horas)
Recife 785,90 (20 horas, com licenciatura)
Rio de Janeiro 918,53 (22 horas)
São Luís 814 (24 horas)
São Paulo 950 (20 horas)
Teresina 535,54 (40 horas)
Vitória 1.168,44 (25 horas)
* Em reais.
As Secretarias Municipais de Educação de Boa Vista, Campo Grande, João Pessoa, Macapá, Porto Alegre, Porto Velho, Salvador e Rio Branco não enviaram os dados sobre piso salarial solicitados pela reportagem no prazo combinado.

PISO SALARIAL* ESTADOS
Acre 616 (30 horas)
Alagoas 1.015 (20 horas, com curso superior)
Amazonas 816 (20 horas)
Bahia 648,79 (20 horas)
Ceará 1.072,58 (40 horas)
Distrito Federal 845,27 (20 horas)
Espírito Santo 519,34 (25 horas)
Mato Grosso 1.084,97 (30 horas, com curso superior)
M. G. do Sul 1.629,20 (40 horas, com curso superior)
Minas Gerais 478,65 (24 horas, com curso superior)
Paraíba 613,64 (25 horas)
Paraná 665,23 (20 horas)
Pernambuco 462 (30 horas, mais 60% de gratificação pelo Magistério)
Piauí 915,10 (40 horas)
Rio de Janeiro 862 (40 horas)
Rio Grande do Sul 414,20 (20 horas)
São Paulo 1.144,39 (30 horas, com gratificação)
Sergipe 819,01 (40 horas, com curso superior)
Tocantins 2.020 (40 horas, concursados)
1.206 (40 horas, não concursados)
* Em reais.
As Secretarias de Educação do Amapá, de Goiás, do Maranhão, do Pará, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de Roraima e de Santa Catarina não enviaram os dados sobre piso salarial solicitados pela reportagem no prazo combinado.

Leia a íntegra da matéria Uma profissão, várias realidades.


1 comentários:

Anônimo disse...

Eu gostaria de saber quais os pontos comuns e diferenciações na carreira de professor e educação básica de Sao Paulo e outros estados ou municipios brasileiros.