10 de jul. de 2007

UFSC adotará cotas no próximo vestibular

Reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizada na manhã de hoje aprovou a criação de cotas para afrodescendentes e alunos de escolas públicas. A medida passa a valer já a partir do vestibular realizado no fim deste ano.

Do total de vagas oferecidas por curso, 20% será reservado a candidatos que estudaram em escolas públicas durante todo o Ensino Médio e Fundamental. Outros 10% serão reservadas a alunos que se auto-declararem negros e que também tenham estudado em escolas públicas.

Para ser aprovados, os estudantes cotistas precisarão atingir um patamar mínimo (ponto de corte).Caso o percentual de negros que conseguiu essa pontuação não alcance os 10%, as vagas restantes serão destinadas a jovens vindos de outros tipos de estabelecimentos de ensino ou que não tenham feito todo o ensino médio e fundamental em escolas públicas. O percentual de 10% das vagas está próximo da parcela que a população de negros em Santa Catarina representa, que é de 12% do total.

O programa prevê, ainda, a criação de cinco vagas para indígenas, sendo que até 2010 o número de vagas deve chegar a 10. Entre as 57 instituições públicas de ensino superior no país, a UFSC é a 17ª a adotar o sistema de cotas.

A seguir, entrevista com a professora do Centro de Educação da UFSC e membra da Comissão de Ações Afirmativas da UFSC, Vânia Beatriz da Silva. Os temas abordados são políticas de permanência, razões para implantar cotas e críticas à proposta.




5 comentários:

Orlando Tambosi disse...

Pois é, mérito é uma bobagem. Então, para que estudar?

É pensamento típico de país avançado...

Orlando Tambosi disse...

Complementando: a observação final ("o mérito é uma falácia") deveria ser a manchete.

Diogo Honorato, disse...

Obrigado pela dica, professor. Mas nem discordo nem concordo com a afirmação a ponto de dar-lhe tamanho destaque.

Orlando Tambosi disse...

Confortável o muro, não?

Diogo Honorato, disse...

O muro em que me sento, diferente do da maioria dos jornalistas, não é confortável não. Esta posição me obriga a ver o que se passa dos dois lados - enquanto quem está de um lado só vê o que transparece através das frestas.

Estar em cima do muro não quer dizer que eu me contente com o superficial. Aliás, tenho queimado muito neurônio tentando olhar criticamente posições de todos os dois lados.

No mais, ficar SEMPRE em um dos lados é que me parece bem mais confortável!