A maioria das instituições de ensino hoje reconhece a importância e a necessidade do estágio como complemento do aprendizado acadêmico. Em cursos como Letras e Engenharia e Agronomia, é disciplina obrigatória. Da parte dos estudantes, a atividade já representa muito mais que uma forma de experiência prática e de inserção no mercado de trabalho: é uma necessidade tanto profissional quanto acadêmica. “Há uma tendência de alongar a escolarização dos jovens. Quatro anos já não são suficientes para terminar um curso, pois muitos optam por estagiar” explica a socióloga Bernadete Auade, do Laboratório Transformações no Mundo do Trabalho, da UFSC.
Estagiar, para alguns estudantes, também é uma forma de viabilizar os estudos, defende o presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres), Carlos Mencaci. A bolsa-auxílio paga ao estagiário, que geralmente tem valor próximo a um salário mínimo, em alguns casos também é utilizado para complementar a renda da família.
Os estágios também oferecem atrativos às empresas. A começar pelas vantagens fiscais, já que há isenção de encargos sociais e trabalhistas, decorrentes da não-vinculação empregatícia. Oferecer estágio também é uma forma de antecipar a preparação e seleção de mão-de-obra. Os defensores do estágio nas empresas ainda usam com freqüência o discurso da “oxigenação e espírito de renovação” que a atividade proporciona.
31 de mai. de 2007
Estagiar: uma vantagem necessária
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Marcadores: especial estágio
Especial estágio
Tema corrente nas conversas de estudantes e, não raro, de reuniões das instituições de ensino e da justiça do trabalho, a questão do estágio também deve entrar na pauta do Congresso Nacional nos próximos meses. A expectativa quanto à nova lei de estágio, que aguarda apreciação em plenário, é que as novas regras consigam pôr fim aos equívocos que destoam do objetivo dessa atividade: complementar da aprendizagem curricular.
A discussão acerca dos problemas que envolvem o estágio voltou à tona após o ministro da Educação, Fernando Haddad, inclui o projeto da nova de lei do estágio como uma das medidas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O Projeto de Lei 473/ 2003, de autoria do senador Osmar Dias (PDT-PR), limitar o número de estagiários em uma empresa a 20% do total de funcionários. Além disso, estabelece o tempo máximo de estágio e de horas diárias e garante o direito a recesso anual de 15 dias e a bolsa-auxílio.
Para analisar os problemas atuais dessa atividade, o Nossa Educação vai dedica matérias especiais ao tema, que abordarão as vantagens e problemas que hoje permeiam a realização dos estágios. As três reportagens da série serão publicadas diariamente, a começar por hoje.
Leia todas as matérias já publicadas da série.
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Marcadores: especial estágio
29 de mai. de 2007
Ágio do estágio
Essa tirinha não é por acaso. Nessa semana, o Nossa Educação dará atenção especial à questão do estágio. Então, para começar, uma tirinha de "Vida de Estagiário", do cartunista Allan Sieber. E também, claro, defender a classe, já que este blogueiro é um estudante que já foi e ainda será estagiário por um tempo. (clique na imagem para ampliar)
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Marcadores: especial estágio, humor
25 de mai. de 2007
Estudante é capital de risco!
Para não dizerem que não tenho espírito crítico - e bom-humor - deixo uma crônica inicialmente publicada em meu outro blog, o Ironia Crônica. Aviso: as opiniões abaixo divulgadas refletem as posições de meu eu-lírico e não correspondem, necessariamente, às visões desse blogueiro.
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A informação fica como alerta aos pais neste mês de maio – época em que os vestibulandos começam a pensar em que vestibulares vão prestar – e deve ser levada em consideração antes de desembolsar qualquer quantia: estudante é capital de risco. Junk bond no mais puro economês. Tome nota, pois nenhum analista financeiro ainda se deu conta disso. Lembrar poderá ajudar os pais a poupar boas verdinhas – além de ter a sensatez de investir na previdência privada ou algo que garanta um futuro mais tranqüilo e certo. Ou, ao menos, mais certo do que o próprio filho.
Estudante é capital de risco pelo simples conceito da palavra: é investimento duvidoso, caro, e existe a possibilidade de não oferecer retorno. É dinheiro que se investe sem saber se dará prejuízo (mais comum), lucro (exceções), ou ficará por isso mesmo.
Abstrato demais? Então tente descobrir o nome desse filme: por mais de dez anos vocês, pais, ralaram para pagar bons colégios ao filho. Compraram livros, materiais escolares e todas as enciclopédias que apareciam. Tudo na esperança de que ele tivesse mais oportunidade que vocês e um dia fosse alguém na vida. Mas seu filho não passa na primeira vez no vestibular. Tudo bem! O curso dele era mesmo concorrido! Com pena, pagam também um cursinho, aulas de inglês e até financiam a viagem para prestar o vestibular em outros Estados e... nada! Outro ano de cursinho. Até o dia da boa notícia:
- Mãe! Pai! Eu passei!
Festa geral. Até o momento em que vão ligar para os familiares contando a nova e se lembram de não ter perguntado ao filho para que curso ele passou.
- Pra Ciências Ocultas, mãe! Na Universidade de Biboca!
O conselho, nesse caso, é segurar o choro, pois o pior ainda pode vir: a universidade pode ser particular!
Se quiserem, arrisquem-se e invistam nele! É mesmo graças aos aventureiros que o mercado econômico sobrevive. Nenhum consultor econômico vai descartar a possibilidade de seu filho se formar, ser um profissional de sucesso e devolver, com juros e correções, tudo o que vocês investiram nele. Saibam, porém, que o risco é o mesmo que investir numa empresa da Suazilândia. Tudo o que é aplicado em estudante vira "Título Podre" - de pagamento duvidoso e à longo prazo. Mercado futuro, nesse caso, chama-se "Seja o que Deus quiser!".
O risco aumenta exponencialmente de acordo com a distância que a universidade fica de casa. Se fica longe, em outro estado (ex: Biboca), preparem uma reza a Santo Expedito. Estarão comprando ações de uma empresa da qual nunca têm notícias. As aulas noturnas são perfeitamente substituíveis por visitas ao bar mais próximo, e dinheiro para livros são moedas de conversão em ingressos para baladas.
E não pensem que o risco diminui de acordo com o curso que o filho foi aprovado. Tampouco é mais seguro pagar faculdade para aquele filhinho que sempre foi responsável. A universidade muda as pessoas. Num belo dia, poucos meses antes de se formar em Direito, aquele seu guri estudioso liga, com voz mansa:
- Pois é, velha. Eu larguei a facul e tô morando com uns amigos do DCE. Minha profissão agora é revolucionário! Diz aí: mó loco, né?
Fundo perdido, sim! Seu credor acabou de vazar a informação de que está em estado de insolvência e a moratória é iminente. É quando vocês descobrem que deviam ter aplicado no mercado de cachecóis em Belém do Pará!
Diogo Honorato é estudante de Jornalismo da UFSC e mora a 1500 km dos pais.
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Marcadores: humor
24 de mai. de 2007
O outro lado
Para aqueles que não se contentam em ler matérias da Folha, Estadão e do blog do Reinando Azevedo sobre a ocupação da reitoria da USP, e querem ir além das ignoráveis fontes entrevistadas pela Globo, deixo o link para a cobertura da Caros Amigos, do blog dos estudantes da ocupação ("ocupação" mesmo, pois para mim só se invade o que é privado, antes que suspeitem de minha posição) e da Associação dos Docentes da USP, Adusp.
Não é panfletagem. É a singela filosofia de quanto mais fontes, melhor.
Enquete: a ocupação da reitoria da USP foi necessária?
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Marcadores: Políticas de Educação
Como investir em Educação
Uma boa solução para acabar com o problema da falta de destinação de verbas para a Educação (embora não muito educada!)
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23 de mai. de 2007
Novos blogs sobre Educação
Vestibular é coisa que dá dinheiro. "Tá, conta uma que eu não sei", o leitor pergunta. Pois a novidade é que o jornal O Globo resolveu investir no tema através dos blogs. Nesta terça, estreou o "Blog da Aula"
(http://oglobo.globo.com/blogs/blogdeaula/), espaço em que professores de colégios do Rio e São Paulo darão dicas sobre o conteúdo do vestibular.
O novo blog se juntará ao "Vestiblogando"
(http://oglobo.globo.com/blogs/vestiblogando), blog produzido por vestibulandos desde fevereiro e que também está hospedado no site do O Globo On-line. Os estudante tratam de diversos temas do cotidiano de um pré-vestibulando.
Sem uma certeza sobre como lucrar na internet, as empresas de comunicação estão apostando em tudo mesmo! É só ver os anúncios no lado direito dos blogs...
Aos que sabem fazer uso consciente de material de internet, lamentem-se: os blogs acima seguem o mesmo padrão do site do O Globo: não dá pra copiar o texto da tela com o mouse ou teclado. Mas como sou partidário do caráter colaborativo da internet, uma dica: indo em exibir/código fonte na janela do seu browser, é possível encontrar o texto em html. Só não esqueçam de dar os créditos.
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Marcadores: vestibular
22 de mai. de 2007
Piso sem chão
O deputado Severiano Alves de Souza (PDT-BA), deu o tom da comissão de Educação diante do projeto que institui o piso salarial nacional para professores de Educação Básica: do jeito que está, não passa. Ele participou de audiência pública na assembléia legislativa de Santa Catarina nesta segunda.
Relator do projeto, o deputado criticou propostas como o prazo de dois anos para instituir o piso. De acordo com Severiano Alves, o Fundeb - quem aliás, não tem no nome a expressão "Valorização dos Profissionais de Educação" à toa - já prevê recursos suficientes para remunerar todos os professores com o valor de R$850. E, por isso, o piso já pode valer a partir de janeiro de 2008.
O deputado baiano também criticou a proposta de tratar o piso como remuneração, e incorporar as gratificações, e não como vencimento-base. O fato do piso ser o mesmo, independente da formação, e se referir a uma jornada de 40hrs foram outros pontos em que manifestou discórdia.
"Se fixarmos 40horas, vamos trocar 6 por meia dúzia. Como vamos possibilitar que esse professor consiga um curso superior?", protestou, indagando sobre uma possível carga excessiva. Segundo o relator do projeto, a maioria dos deputados da comissão de Educação da Câmara defende mudanças nesses pontos. O ideal, para Severiano Alves, seria uma carga de 25 a 30 horas semanais.
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Marcadores: Políticas de Educação
17 de mai. de 2007
Meia-entrada e meias-verdades
As
Pelo
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14 de mai. de 2007
Mais sobre o PDE
A edição on-line da revista Nova Escola de maio dedicou espaço especial ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Além de explicar diversos pontos e disponibilizar links aprofundar temas, a reportagem também traz entrevista com o ministro da Educação Fernando Haddad e informa o estágio atual de cada uma das propostas. Pasmem: muitas das propostas já estão em vigência, o que já basta para tirar grande parte da purpurina do "PAC da Educação".
Também indico a animação sobre o desenvolvimento do pensamento pedagógico que a equipe da revista disponibilizou. Contudo, o especial restringe a abordagem, basicamente, à biografia dos pensadores.
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11 de mai. de 2007
Faltou perguntar
A repórter do Diário Catarinense Taís Shigeoka realizou a façanha de conseguir entrevista com o coordenador-geral do Instituto Estadual de Educação (IEE), Luiz Antônio Grocoski, que não se manifestava perante a imprensa desde quando foi barrado em sua posse. Os alunos que o impediram no mês passado exigiam a posse de outro professor eleito para o cargo de coordenador do IEE.
No entanto, a repórter perdeu a oportunidade de perguntar a Grocoski o conhecimento que possui sobre a realidade do maior colégio de Santa Catarina. Nem precisou. "Ainda estamos no processo de diagnóstico", afirmou Grocoski, deixando transparecer o quão sem norte se encontra.
Continua cedo para avaliar a capacidade de Grocosli para coordenar o Instituto. Principalmente por que duas questões mantém equilibrada a balança dos prós e contras. Grocoski possui pós-graduação como gestor escolar e, teoricamente, está apto a exercer qualquer cargo administrativo. Por outro lado, é professor de escolas públicas há pouco mais de três anos e talvez não conheça a realidade do ensino o bastante para assumir a direção de mais de 6 mil alunos.
Antônio Grocoski já se dispôs a falar com a imprensa. Falta agora um jornalista de raça conseguir entrevista com o secretário de Educação de Santa Catarina, Paulo Bouer. Dizem que nem os próprios gestores de educação conseguem marcar reunião. O secretário está trabalhando tanto assim?
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4 de mai. de 2007
Nosso novo coleguinha de classe, o computador

de crianças e distribuído gratuitamente por ONG (Foto: ABr)
Uma das
Às
O
"Vejo às
José Antonio Klaes Roig, coordenador do
“Sou radicalmente contra o uso da tecnologia no ambiente escolar sem a presença do professor responsável pela turma. Há escolas que deixam os alunos a cargo de um técnico de informática no laboratório e o que acaba acontecendo é virar atividade recreativa, lúdica e não pedagógica”, comentou por e-mail.
Um dos exemplos que Roig cita é o uso softwares destinados à Educação de alunos com deficiência visual ou possibilidade de alunos surdos interagirem com ouvintes e assim melhorar o aprendizado.
"Essa máquina XO é tudo”
Talvez não seja apenas questão de melhorar as notas, mas de facilitar o aprendizado por alunos. E, nesse caso, melhor ainda que o computador seja adaptado às crianças. Tal particularidade distingue o laptop XO, que começou a ser distribuído no Brasil a partir do ano passado pela ONG One Laptop per Child (OLPC, “Um Laptop por Criança).
Esse computadorzinho tem empolgando pedagogos renomados, como a professora Léa Fagundes, da UFRGS, que ano passado recebeu homenagem da Unesco por seus métodos de aprendizagem baseados em tecnologias digitais. “Um aplicativo que todo mundo usa, é o Office, que não tem nada a ver com Educação, serve para escritório. [Com o XO] foi inventado um novo computador, feito só para Educação. É a máquina das crianças. Essa máquina é tudo!”, afirmou a pesquisadora em entrevista ao portal ARede.
Mas Léa Fagundes não poupa outros métodos de uso da informática, como o ClassMate, desenvolvido pela Intel, e o Mobilis. Ambos também são cogitados pelo MEC para uso nas escolas.
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